Governo autoriza requisição de veículos particulares - Resultado Antecipado
Paralisação dos caminhoneiros começou segunda (21)
O presidente Michel Temer assinou um decreto neste sábado, 26, que autoriza o poder público a requisitar "veículos particulares necessários ao transporte rodoviário de cargas consideradas essenciais". Publicado em edição extra do Diário Oficial, o decreto diz que a requisição pode ser feita por "autoridades envolvidas nas ações de desobstrução de vias públicas" prevista em decreto 9.382 assinado na sexta-feira, 25.

O decreto autoriza o ministro da Defesa a determinar que servidores públicos habilitados, entre eles militares das Forças Armadas, requisitem e conduzam caminhões para realizar a entrega de cargas. Desde ontem (25), o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sergio Etchegoyen, já havia dito que a medida estava entre as cogitadas pelo Palácio do Planalto por causa dos bloqueios feitos pelos caminhoneiros nas estradas federais.

O texto diz que caberá ao Ministro da Defesa determinar os condutores desses veículos "desde que possuam a habilitação específica exigida pela legislação de trânsito". Poderão ser requisitados a conduzir servidores de qualquer órgão ou entidade da administração pública e militares das Forças Armadas. O decreto entra em vigor neste sábado.

O ato foi assinado pelo presidente Michel Temer com base na Constituição, que no inciso XXV do Artigo 5º prevê que, “no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano”.

Ontem (25), o presidente Michel Temer assinou também um decreto determinando o uso das forças federais de segurança para liberar as rodovias no contexto da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que vale até o dia 4 de junho. Neste sábado, caminhões-tanques passaram a ser escoltados pela polícia, que também multou caminhoneiros. No entanto, várias rodovias continua obstruídas pelos caminhoneiros, que mesmo retirando os veículos das estradas continuam sem fazer o transporte de cargas, agravando a crise de abastecimento após seis dias parados.